A
Câmara dos Deputados conclui na noite desta quarta-feira (17) a votação em
primeiro turno da proposta de emenda à Constituição da reforma política, que
começou a ser analisada pelo plenário no final de maio. Conforme o presidente
da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o segundo turno deverá ocorrer na primeira
semana de julho.
Se a PEC for aprovada com o voto de pelo menos
308 deputados, seguirá para o Senado, onde também precisa passar por duas
votações. Na sessão desta quarta (17), a Câmara aprovou um prazo de 30 dias
após a promulgação da proposta de reforma política para que parlamentares possam
trocar de legenda sem perderem o mandato.
O
plenário rejeitou uma emenda que obrigava os candidatos a registrarem programa
de campanha e uma proposta que autorizava candidatura a mais de um cargo
eletivo na mesma eleição.
No
total, desde o início da análise da PEC da reforma política, os parlamentares
aprovaram 11 modificações à legislação atual, entre os quais o fim da reeleição
e mandato de cinco anos para todos os cargos eletivos:
-
fidelidade partidária;
-
prazo para desfiliação do partido sem perda de mandato;
-
novas regras para projeto de iniciativa popular;
-
possibilidade de policiais e bombeiros voltarem à ativa após mandato;
-
emissão de recibo em papel nas urnas;
-
fim da reeleição;
-
mandato de cinco anos para todos os cargos eletivos;
-
redução da idade mínima para candidatos a senador, deputado e governador;
-
restrições de acesso de pequenos partidos ao fundo partidário;
-
alteração na data da posse de presidente e governador;
-
permissão de doações de empresas a partidos.
Além
dos itens aprovados, os parlamentares também rejeitaram algumas mudanças
estruturais no modelo político brasileiro:
-
instituir o voto facultativo nas eleições do país;
-
obrigar o candidato a registrar programa de campanha;
-
autorização para candidatura a mais de um cargo na mesma eleição;
-
alterar o atual sistema proporcional com lista aberta para escolha de
deputados;
-
proposta de eleições simultâneas para todos os cargos eletivos;
-
proposta que previa o fim das coligações entre partidos nas eleições para a
Câmara;
-
cota para as mulheres no legislativo;
-
perda de mandato a parlamentar que assume cargo no Executivo;
-
criação do cargo de “senador vitalício” para ex-presidentes da República;
-
voto em trânsito para todos os cargos eletivos;
-
formação de federações partidárias.
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